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terça-feira, 6 de julho de 2010

Reforma do Código Florestal é aprovada com protestos de ambientalistas

Por Tatiana Félix, da Adital


O Projeto de Lei 1876/99, que propõe a reforma do Código Florestal, foi votado nesta tarde (6) na Câmara dos Deputados, em Brasília, Distrito Federal. Com 13 votos a 5, o texto principal do substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) foi aprovado. Enquanto governo e ruralistas comemoravam, ativistas e militantes ambientais protestavam alegando retrocesso. Com a aprovação, a Comissão Especial, que tem analisado a reforma da legislação ambiental, começou a votar os destaques.

Diante do andamento do processo no Plenário 2 do Congresso, a ONG Greenpeace pediu a rejeição do relatório, alegando que a proposta "mata as florestas". Para o Diretor de Assuntos Parlamentares do Instituto "O Direito por um Planeta Verde", André Lima, a aprovação da reforma significa "um retrocesso histórico na política ambiental do Brasil".

Ele disse que a reforma anula conquistas e reduz Áreas de Preservação Permanente (APPs), de rios, por exemplo, para 15 metros. "As medidas demonstram que estamos andando para trás". Os ambientalistas criticam que ao invés de se defender o desenvolvimento sustentável, o projeto beneficia o agronegócio, ruralistas e latifundiários, ou seja, os que detêm maior poder econômico de influência.

Em recente entrevista à ADITAL, Luiz Zarref, engenheiro florestal e militante da Via Campesina, explicou que as reservas legais precisam ser recompostas de forma produtiva, seja em áreas grandes ou pequenas. Na ocasião, o engenheiro classificou de "erro gravíssimo" a redução de Áreas de Preservação Permanente em regiões como topos de morros, por exemplo, já que as APPs são importantes para a prevenção de vários desastres naturais. "Os deslizamentos, por exemplo, têm a ver com a retirada da mata", explicou.

Os ativistas prepararam um ato para amanhã (7), em frente ao Congresso Nacional, a partir das 8h, onde será feito o "velório e o enterro do Código Florestal". "Será um movimento espontâneo, com estudantes e organizações da sociedade civil para criar um efeito simbólico e mostrar que somos contra a reforma", informou André.

Ele disse acreditar que as manifestações podem sim reverter a "situação criada artificialmente, pela omissão do Governo Federal", já que, segundo ele, deputados que eram contrários à reforma não participaram da votação. "Muitos não compartilharam deste pensamento retrógrado. Foi uma maioria criada artificialmente", ressaltou.


Confira o resultado da votação de hoje:


Votos favoráveis às reformas ruralistas


Anselmo de Jesus (PT-RO)

Homero Pereira (PR-MT)

Luis Carlos Heinze (PP-RS)

Moacir Micheletto (PMDB-PR)

Paulo Piau (PPS-MG)

Valdir Colatto (PMDB-SC)

Hernandes Amorim (PTB-RO)

Marcos Montes (DEM-MG)

Moreira Mendes (PPS-RO)

Duarte Nogueira (PSDB-SP)

Aldo Rebelo (PCdoB-SP)

Reinhold Stephanes (PMDB-PR)

Eduardo Seabra (PTB-AP)


Votos contrários às reformas ruralistas:


Dr. Rosinha (PT-PR)

Ricardo Tripoli (PSDB-SP)

Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)

Sarney Filho (PV-MA)

Ivan Valente (PSOL-SP)


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